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A crise na assistência médica no Alto Alentejo – um desafio em crescimento

A assistência médica às populações do distrito de Portalegre está “presa por fios”, segundo Paulo Simões, presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.

Em declarações à Rádio Portalegre, Paulo Simões destacou as dificuldades em captar profissionais de saúde para o interior do país, uma situação que pode agravar-se com a entrada em funcionamento do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora.

Simões alertou que a nova unidade hospitalar em Évora, que representa um investimento significativo e uma esperança para a região, também trará desafios.

A nova unidade hospitalar vai apostar fortemente na captação de recursos humanos, o que inevitavelmente resultará no desvio de profissionais de saúde de outras áreas, como os distritos de Portalegre e Beja, onde a situação já é muito complicada.

Esta situação pode deixar as populações de Portalegre e Beja ainda mais desprotegidas e com acesso limitado a cuidados médicos essenciais.

A Ordem dos Médicos tem alertado para a necessidade de políticas públicas que incentivem a fixação de profissionais de saúde no interior do país. Sem essas medidas, a desigualdade no acesso à saúde entre as regiões do litoral e do interior continuará a aumentar, colocando em risco a saúde e o bem-estar das populações mais vulneráveis.

O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos falava, esta terça feira, durante uma cerimónia de receção aos novos médicos internos que concorreram às vagas abertas para a Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo.

A ULS do Alto Alentejo vai receber um total de sete médicos: dois da especialidade de medicina geral e familiar, dois de medicina interna, um de cirurgia, um de radiologia e outro de formação geral.

Apesar do reforço, o presidente do Conselho Sub Regional de Portalegre da Ordem dos Médicos, Hugo Capote, expressou preocupação com o facto de metade das vagas disponíveis não terem sido preenchidas.

Em declarações a esta estação emissora, Capote destacou a gravidade da situação, considerando que a região continua a enfrentar desafios significativos na atração de profissionais de saúde.