O presidente do Conselho de Administração da Águas do Alto Alentejo (AAA), Hugo Hilário, apontou “o controle e a redução de perdas nos sistemas de distribuição e adução de água” como a grande prioridade da empresa.

Em declarações à Rádio Portalegre, Hugo Hilário revelou que em alguns dos 10 concelhos do Alto Alentejo, onde a empresa gere os sistema público de abastecimento de água em baixa e de saneamento, as perdas de água atingem valores que vão dos 50 aos 60 por cento.

Para o dirigente o combate as perdas de água representa um dos maiores desafios da empresa, defendendo que a região “não pode desperdiçar uma percentagem tão elevada de um recurso como a água, que é cada vez mais escasso”.

Desde a sua constituição, em 2020, a empresa já investiu 7,2 milhões de euros, através de 18 candidaturas a fundos comunitários, que permitiram a remodelação de setores problemáticos das redes de distribuição, construção de novas redes de saneamento, estações elevatórias e remodelação dos sub-sistemas de águas de saneamento.

Hugo Hilário destacou ainda o facto dos investimentos realizados terem permitido levar abastecimento de água e saneamento a zonas onde nunca na história tinham existido.

A Águas do Alto Alentejo laçou recentemente a campanha “O esgoto não é caixote do lixo”, que tem como objetivo de sensibilizar as pessoas para não deitarem objetos na rede de saneamento, que dificultam os processos de tratamento da água.

A empresa alerta que os restos de comida, óleos, cabelos, toalhitas ou beatas de cigarro, que são depositados de “foram errada e inconsciente” nos lavatórios, lava-louças ou sanitas, acabam por ter um forte impacto no sistema de saneamento.  

A Águas do Alto Alentejo é a entidade gestora do sistema intermunicipal de abastecimento de água e saneamento dos concelhos de Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Crato, Fronteira, Gavião, Marvão, Nisa, Ponte de Sor e Sousel.