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Alentejo: produção de vinho com quebra ligeira

A produção de vinho no Alentejo deverá sofrer este ano uma quebra na ordem dos 10% em relação à campanha do ano passado, devido às condições climáticas, estima a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).

O presidente da comissão, Francisco Mateus, indica que a estimativa desta comissão vitivinícola aponta para uma produção de cerca de 110 milhões de litros de vinho, quando, no ano passado, superou os 120 milhões.

Segundo o responsável, o início do ano “foi promissor em termos de água”, com a chuva que caiu, mas a chegada da primavera trouxe “temperaturas elevadas e humidade, o que causou algum míldio [doença que ataca a videira]”.

Em maio e junho a região registou temperaturas acima de 35 graus, que causaram escaldão e nalgumas zonas, houve cachos que ficaram secos.

De acordo com Francisco Mateus, este mês já se registaram igualmente temperaturas altas e verifica-se que “continua a haver escaldão e desidratação, que faz com que os cachos de uva que estão nas cepas acabem por ter um peso menor”.

Assinalando que esta quebra de produção “não significa que haverá falta de vinho do Alentejo”, o presidente da comissão vitivinícola do regional do Alentejo notou que a do ano passado é que foi “bastante elevada e terá sido mesmo a segunda ou a terceira maior produção” de sempre.

De acordo com o responsável, a comissão vitivinícola tem informação de que dois produtores do interior do Baixo Alentejo já estão a fazer a vindima.

Francisco Mateus acrescentou que a campanha das vindimas no Alentejo vai prolongar-se até final de setembro.

A CVRA foi criada em 1989 e é responsável pela proteção e defesa da Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade.

O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% do valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal.

Com uma área de vinha de 23,3 mil hectares, 30% da sua produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais, designadamente Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.