
Os agricultores portugueses iniciam, esta quinta feira, um conjunto de protestos de norte a sul do país, prometendo bloquear as principais fronteiras com Espanha, com o intuito de reivindicar melhores rendimentos.
Em declarações à Rádio Portalegre, António Saldanha, porta voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal, para o Alentejo, indicou que “a gota de água para este protesto foi o corte de 37 por cento nas ajudas à agricultura biológica”.
António Saldanha revelou que os protestos, que integram bloqueios de fronteiras, marchas lentas e cortes de estradas, têm início previsto para as 06:00, e podem-se prolongar durante horas ou dias.
No Alentejo, está previsto o bloqueio das fronteiras do Caia e do Retiro, no distrito de Portalegre, bem como de Olivença, Mourão e Vila Verde de Ficalho.
O porta voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal indicou que podem haver outros locais no Alentejo onde sejam feitos bloqueios, mas para já, e em particular no distrito de Portalegre apenas estão confirmados Caia e Retiro.
Os protestos organizados pelo Movimento Civil pela Agricultura, visam exigir ao Governo medidas imediatas, como um suplemento para agricultores jovens, apoios à produção, redução de impostos no gasóleo colorido ou promoção do pastoreio através do aumento do valor dos animais em regime extensivo em relação aos estabulados, bem como a renegociação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PAC).