Um homem, de 70 anos de idade, residente em Campo Maior, é suspeito de mandar incendiar o carro que tinha oferecido à namorada, uma mulher com 41 anos de idade, poucos dias depois de terem terminado o namoro.

De acordo com uma nota da procuradoria da Republica da Comarca de Portalegre, o arguido e vítima mantiveram uma relação de namoro durante cerca de treze anos, a qual terminou em finais de julho de 2024.

Durante o relacionamento, o arguido ofereceu à vítima um automóvel ligeiro de passageiros, encontrando-se indiciado que, depois da separação, inconformado com a mesma e porque, embora consciente de que a mulher não tinha possibilidades financeiras, pretendia reaver o dinheiro pago pela referida viatura, decidiu ordenar a terceiros que incendiassem o carro, por forma a que a ex-namorada fosse ressarcida do respetivo valor, pela companhia de seguros.

Em concretização do plano, terceiros não identificados, no dia 1 de agosto de 2024, incendiaram a viatura que se encontrava estacionada à porta da Santa Casa da Misericórdia, em Campo Maior, através da utilização de um produto acelerante de combustão, tendo causado danos nos veículos estacionados e na porta da Santa Casa da Misericórdia.

O homem foi detido no dia 13 de novembro pela PJ, e presente a primeiro interrogatório judicial, no dia seguinte, acusado pela prática de “um crime de violência doméstica agravado e de três crimes de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas”.

Na sequência do interrogatório, no dia 14 de novembro, o juiz de instrução criminal decidiu sujeitar o arguido às medidas de coação de termo de identidade e residência e prisão preventiva.

A investigação prossegue a cargo da Polícia Judiciária de Évora, sob a direção do Ministério Público de Elvas.