A tradicional Bênção dos Borregos, no sábado de Aleluia, em Castelo de Vide, levou algumas dezenas de exemplares ao Adro da Igreja Matriz daquela vila alentejana.
Perante o olhar de Castelovidenses e visitantes a cerimónia contou, como é habitual com a presença de alguns criadores locais, que aproveitam a ocasião para fazer negócio.
Em declarações à Rádio Portalegre Jorge Turibia, um dos criadores presentes, disse que o mais importante é manter a tradição, mas o negócio faz também parte do ritual, apesar dos clientes serem cada vez menos.
Jorge Turibia confessa que “hoje em dia nem todos tem posses para comprar borregos”, animal que pode custar entre 80 a 100 euros, dependendo do peso.
Em Castelo de Vide, a fusão de rituais católicos e judaicos torna a Páscoa única no país, uma singularidade que tem contribuído para aumentar ano após ano o número de turistas que visita aquela vila alentejana durante a época pascal.
Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente da Câmara Municipal, António Pita, afirmou que a Páscoa de Castelo de Vide é um “elemento diferenciador da oferta cultural, religiosa, gastronómica e turística”.
A Bênção dos Borregos, a tradicional “Chocalhada” e a Procissão da Ressurreição, são os três momentos altos da Semana Santa em Castelo de Vide.
A “Chocalhada”, que assinala a ressurreição de Cristo, realiza-se este sábado à noite, depois da Vigília Pascal, na Igreja Matriz.
Esta iniciativa junta largas centenas de residentes e turistas “apaixonados pelo ritual”, num desfile pelas principais artérias da vila alentejana, tocando sinos ou campainhas.
A procissão da Ressurreição, a partir das 11:00, no domingo, com o pendão camarário em destaque, é o momento mais solene das festividades da Páscoa em Castelo de Vide.
Este ano as condições climatéricas adversas cancelaram o espetáculo pirotécnico, com fogo-de-artifício, programado para este sábado.