A fusão de rituais católicos e judaicos torna a Páscoa em Castelo de Vide única no país, uma singularidade que tem contribuído para aumentar ano após ano o número de turistas que visita aquela vila alentejana durante a época pascal.
Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente da Câmara Municipal, António Pita, afirmou que a Páscoa de Castelo de Vide é um “elemento diferenciador da oferta cultural, religiosa, gastronómica e turística” daquela vila alentejana.
António Pita apontou ainda a Páscoa como “a grande festa dos castelovidenses e da identidade de Castelo de Vide”
A Procissão da Ressurreição, a Bênção dos Borregos, e a tradicional “Chocalhada” são os três momentos altos da Semana Santa em Castelo de Vide.
A Bênção dos Cordeiros, acontece durante a manhã de sábado, no Adro da Igreja Matriz, onde algumas dezenas de criadores “dão corpo” à tradição.
Já a tradicional e cada vez mais participada “Chocalhada”, que assinala a ressurreição de Cristo, realiza-se no sábado à noite, depois da Vigília Pascal, na Igreja Matriz.
Esta iniciativa junta largas centenas de residentes e turistas “apaixonados pelo ritual”, num desfile pelas principais artérias da vila alentejana, tocando sinos ou campainhas.
À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a noite fecha com um espetáculo pirotécnico, com fogo-de-artifício lançado a partir do castelo da vila.
A procissão da Ressurreição, a partir das 11:00, no domingo, com o pendão camarário em destaque, é o momento mais solene das festividades da Páscoa em Castelo de Vide.
Além do programa religioso, Castelo de Vide oferece durante a Páscoa um vasto conjunto de outras iniciativas, como são exemplo, lançamentos de livros e exposições. No plano gastronómico destaque para a Quinzena do Sarapatel e outros pratos de tradição judaico-cristã, que decorre até ao dia 1 de abril em 17 restaurantes do concelho.