O Museu Garcia de Orta foi inaugurado, esta terça-feira, em Castelo de Vide após um investimento de 1,5 milhões de euros.
O espaço museológico dedicado ao médico e botânico foi construído nas antigas instalações das termas daquela vila alentejana.
A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, marcou presença na inauguração do museu e destacou o papel de Garcia de Orta, tendo ainda assinalado o percurso do concelho na valorização do património histórico e cultural.
“Castelo de Vide tem sido um exemplo de excelência do modo como analisa e valoriza e põe em ação ações de valorização de um património. Hoje estamos aqui para celebrar o legado de Garcia de Orta e, fundamentalmente, para reconhecer com muita gratidão o trabalho exemplar que ao nível deste município tem sido feito”, disse Dalila Rodrigues.
Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, considerou que o museu reforça a oferta cultural numa altura em que o concelho se apresenta “muito forte” no segmento de turismo do património judaico.
Garcia de Orta nasceu em 1501, em Castelo de Vide. O médico e botânico foi o autor do livro “Colóquios dos Simples e Drogas e Coisas Medicinais da Índia”.
Em 1568, morreu de sífilis, em Goa, e, embora nunca tenha tido diretamente problemas com a Inquisição, em 04 de dezembro de 1580 os seus ossos foram desenterrados e queimados em auto de fé juntamente com exemplares de um livro que escreveu.