O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, prevê que as obras de construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato, se possam iniciar até final do ano de 2024, princípio de 2025.
No ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do jornal ECO, Pedro Dominguinhos, indicou ainda que a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), deverá adjudicar até ao final da primeira quinzena deste mês o contrato de construção das infraestruturas primárias da barragem do Pisão ((paredão e central hidroeléctrica).
Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente da CIMAA, Hugo Hilário, a construção da Rede de Infraestruturas Primárias da barragem do Pisão implica um investimento de 71,1 milhões de euros, é “mais um passo importantíssimo” para a concretização de um projeto “que não tem retorno, nem já para os mais céticos”.
O autarca referiu ainda que a maioria das pessoas só vai perceber a importância do Empreendimento de Fins Múltiplos do Crato dentro de seis a dez anos, sobretudo o que vai trazer nas suas diversas componentes: do turismo ao regadio, do abastecimento de água à produção de energia renovável e à construção de uma nova aldeia para resolver os problemas dos habitantes da aldeia do Pisão, que vai ficar submersa com a construção da barragem.
O projeto de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, inclui a construção da Barragem do Pisão, com capacidade de rega de cerca de 5.500 hectares e ainda uma central fotovoltaica.
O empreendimento visa também o abastecimento às populações dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, num total de cerca de 55 mil pessoas.
Com a construção da barragem, reivindicada há décadas, a aldeia do Pisão vai ficar submersa e será construída uma nova aldeia, estando a decorrer o processo de inquérito para garantir que os direitos da população são acautelados.