Um consórcio de empresas espanholas venceu o concurso de adjudicação da construção da rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão, no Crato, por mais de 64,9 milhões de euros.
A decisão foi tomada por unanimidade e aclamação no decorrer de uma reunião extraordinária do conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) em Portalegre.
A CIMAA, responsável pela execução do projeto, indicava que a empreitada contava aproximado de 71,7 milhões de euros, tendo optado pela proposta do consórcio espanhol que contou com uma dezena de empresas na corrida para a adjudicação da obra.
No final da reunião, o presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, explicou que das 10 empresas que se apresentaram neste concurso duas delas apresentaram propostas acima do valor referência do concurso público internacional, ficando “automaticamente excluídas” do processo.
Em declarações também à Rádio Portalegre, o presidente da CIMAA, Hugo Hilário considerou que hoje foi “dado um passo histórico e muito firme” na concretização da obra da barragem,
O EAHFM do Crato vai inundar uma área de 726 hectares e contará com uma altura máxima de 54 metros, tendo uma capacidade de armazenamento da albufeira, que prevê um investimento de 141 milhões de euros inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de 118,2 hectómetros cúbicos.
A rede de rega vai abranger 5. 494 hectares, distribuídos por três blocos de rega: Crato (654 hectares), Alter do Chão (3.145 hectares) e o de Fronteira e Avis (1. 695 hectares).
Segundo o cronograma submetido pela CIMAA à Comissão Europeia, as obras de construção da barragem deverão estar terminadas no final de 2026.
A albufeira vai surgir numa área de 10.000 hectares, ficando submersa a aldeia de Pisão, que atualmente conta com cerca de 70 moradores e 110 casas.