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Crato: António Costa garante que a Barragem do Pisão “veio para ser feita e vai ser feita”

O primeiro ministro, António Costa, quis aproveitar as últimas oportunidades de aparição pública para, mais uma vez, reforçar “a determinação e a irreversibilidade” da concretização do projeto da Barragem do Pisão, no concelho do Crato.

No auditório Municipal daquela vila alentejana, este sábado, Costa reafirmou “com toda a clareza” e numa época de mudança politica, que esta obra “veio para ser feita e vai ser feita”.

Para atestar que o interior não tem que ser um local de menor desenvolvimento, António Costa deu o exemplo do Grupo Delta, uma das maiores multinacionais do país, que nasceu em Campo Maior, num pequeno concelho do Alto Alentejo.

Costa disse ainda que à escala, a Barragem do Pisão, tem para o Alto Alentejo a importância que o Alqueva teve para os distritos de Évora e Beja.

António Costa presidiu à cerimónia de assinatura do novo contrato de financiamento para o Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, vulgo barragem do Pisão (AHFMC), na sequência da atualização da reprogramação do PRR, com um reforço superior a 20 milhões de euros, tendo o projeto passado a ter uma dotação de 141,2 milhões de euros, mais um reforço de 10 milhões de euros do Orçamento do Estado.

Para o presidente da Câmara do Crato, que garantiu “obra no terreno” até ao final deste ano, este é “o maior compromisso que um Governo teve para com a região e o distrito de Portalegre.

Joaquim Diogo disse ainda que este projeto “é o maior exemplo do início da regionalização em Portugal”.

Por seu turno, Hugo Hilário, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) entidade gestora do projeto garantiu que, à data, estão a ser “superadas com sucesso” todas as etapas necessárias à construção deste empreendimento.

Hugo Hilário sublinhou ainda que “este projeto estruturante” para o Alto Alentejo vai criar novas oportunidades, indutoras de crescimento para este território.

O projeto AHFMC inclui a construção de uma barragem, com capacidade de rega de cerca de 5.500 hectares  e ainda uma central fotovoltaica no valor de cerca de 51 milhões de euros.

O empreendimento visa também o abastecimento às populações dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, num total de cerca de 55 mil pessoas. Com a construção da barragem, reivindicada há décadas, a aldeia do Pisão vai ficar submersa e será construída uma nova aldeia, estando a decorrer o processo de inquérito para garantir que os direitos da população são acautelados.