A construção da Barragem do Pisão, no Crato, vai avançar com um financiamento de 222 milhões de euros, garantido através do Orçamento do Estado e de fundos comunitários, como o programa “Sustentável 2030”.

Após o financiamento inicialmente previsto pelo PRR ser descartado devido a prazos apertados, surge esta nova solução que promete flexibilidade no cronograma da obra.

Em entrevista à Rádio Portalegre, o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, assinalou que esta nova solução “tem a vantagem de permitir um prazo mais alargado para a realização da obra, lembrando que a mesma caiu do PRR porque não era possível conclui-la até junho de 2026.

Com um aumento de mais de 70 milhões em relação ao projeto inicial, para cobrir o aumento dos custos com materiais de construção e mão de obra, o investimento destina-se à edificação das infraestruturas primárias, criação de uma nova aldeia para substituir a submersa Pisão, e uma rede de canais de regadio que abrangerá 5.494 hectares nos municípios de Crato, Alter do Chão e Fronteira/Avis.

Ouvido também pela Rádio Portalegre, Hugo Hilário, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), entidade gestora do projeto, afirmou que “a fonte do financiamento é menos relevante do que o facto de estar assegurado”.

Hugo Hilário assegurou ainda que este é um projeto que “não vai ter qualquer retrocesso” e que vão continuar a trabalhar como têm trabalhado.

A obra inundará uma área de 726 hectares e criará uma albufeira com capacidade para 118,2 hectómetros cúbicos.