O contrato para a construção das infraestruturas primárias da Barragem do Pisão, que implica um investimento superior a 64,9 milhões de euros, atribuído a um Consórcio Ibérico, após concurso público, vai ser assinado, esta quinta feira, pelas 10:00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Crato.
A CIMAA, responsável pela execução do projeto, indicava que a empreitada contava aproximado de 71,7 milhões de euros, tendo optado pela proposta do consórcio espanhol, num concurso que contou com uma dezena de empresas na corrida para a adjudicação da obra.
Das empresas que se apresentaram neste concurso duas delas apresentaram propostas acima do valor referência do concurso público internacional, ficando “automaticamente excluídas” do processo.
O Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato vai inundar uma área de 726 hectares e contará com uma altura máxima de 54 metros, tendo uma capacidade de armazenamento da albufeira, que prevê um investimento de 141 milhões de euros inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de 118,2 hectómetros cúbicos.
A rede de rega vai abranger 5. 494 hectares, distribuídos por três blocos de rega: Crato (654 hectares), Alter do Chão (3.145 hectares) e o de Fronteira e Avis (1. 695 hectares).
A albufeira vai surgir numa área de 10.000 hectares, ficando submersa a aldeia de Pisão, que atualmente conta com cerca de 70 moradores e 110 casas.