Falta mais de um ano para as próximas eleições autárquicas, mas em Elvas o ambiente é já de “cortar à faca” com o atual e o ex-presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, e Nuno Mocinha, respetivamente, a envolverem-se numa “troca de galhardetes” na rede social facebook.

Nuno Mocinha, que deverá ser o candidato do PS à Câmara de Elvas nas autárquicas de 2025, foi o primeiro a “espoletar a granada” com a publicação de alguns vídeos no facebook, com criticas ao desempenho do executivo liderado por Rondão Almeida, eleito presidente daquele município alentejano, em 2021, pelo movimento independente “Elvas é o nosso partido”.

Num dos vídeos, Mocinha acusa Rondão Almeida de tomar decisões sem ouvir as populações, referindo-se à intenção de construir uma variante à passagem inferior na Linha do Leste (túnel de Santa Eulália), na Estrada Nacional 246, naquele concelho alentejano.

O socialista diz que a população é contra a obra e aconselha o atual presidente da Câmara de Elvas a ir ao terreno ouvir a opinião das pessoas.

Num outro vídeo, mais recente, partilhado segunda feira, Nuno Mocinha critica a demora da Câmara de Elvas em disponibilizar para habitação, um prédio com 10 apartamentos, na Estrada de Santa Rita, adquirido há cerca de 3 anos pela autarquia, durante o seu mandato.

Mocinha garante que o prédio foi comprado e pago e que se ainda fosse presidente da Câmara de Elvas já lá moravam 10 famílias.

Rondão Almeida, que se deverá recandidatar à Câmara de Elvas em 2025, não gostou do que ouviu e aconselhou Nuno Mocinha a “abrandar” caso contrário vão ter uma conversa, que “não gostaria de ter”.

O atual presidente da Câmara de Elvas acusou ainda o seu antecessor de “fugir das pessoas” e que “não consegue enganar aqueles a quem não sorria e que agora anda a apertar a mão”.

Rondão Almeida afirmou ainda “não ter aberto qualquer fenda para que Nuno Mocinha venha a dar qualquer resposta”, mas asseverou que “se é essa luta que quer vai ter de ouvir muito”.

José Rondão Almeida foi presidente da Câmara de Elvas, eleito pelo PS, entre 1993 e 2013, tendo sido reeleito em 2021 pelo movimento independente “Elvas é o nosso partido”, enquanto Nuno Mocinha presidiu ao município alentejano de 2013 a 2021.