Entre 150 a 200 pessoas vão sair, este sábado, de Galegos (Marvão) para percorrer os 9,5 quilómetros do Percurso do Contrabando do Café, que homenageia esta que foi, em tempos, uma das principais atividades económicas do concelho.
O percurso, que se estende além-fronteiras, passará pelos antigos trilhos do contrabando e por localidades historicamente ligadas à atividade, como Galegos, La Fontañera e Pitaranha.
Segundo o vice-presidente da câmara municipal de Marvão, Luís Costa, ao longo do percurso um grupo de animação que vai recriar e contar algumas histórias relacionadas com a atividade secular de comércio ilegal, que muito caracterizou o modo de vida dos dois lados da fronteira.
O autarca destacou ainda a relevância cultural do Percurso do Contrabando do Café, iniciativa que consegue aliar a história ao convívio e ao contacto com a natureza.
Este ano, a concentração está marcada para as 08:00, no Largo da Igreja de Galegos. Antes da partida, os participantes poderão degustar o pequeno almoço “à moda do contrabandista”, constituído por migas de pão com carne de porco frita e “café do pucheiro”.
Em Marvão, o contrabando foi, durante largos anos, o principal sustento para muitas famílias, principalmente o de café, devido à existência de pequenas torrefações no concelho.
Esta atividade de alto risco realizava-se, essencialmente, durante a noite, para que fosse mais fácil escapar às patrulhas de guardas e carabineiros, que controlavam a fronteira entre os dois países.