A Câmara Municipal de Marvão vai investir 60 mil euros na recuperação da Torre da aldeia da Portagem para a tornar visitável. O monumento tem uma importância significativa, pois era o local onde os judeus, expulsos de Espanha pelos Reis Católicos em 1492, eram obrigados a pagar um imposto de entrada, conhecido como “portagem”, para atravessar a fronteira e entrar em Portugal.
Esta intervenção é uma das peças do projeto de cooperação transfronteiriça “Kaminos”, que visa a criação da Rota Sefartida, que ligará Cáceres a Castelo de Vide, com passagem pelos concelhos de Valência de Alcântara, Marvão e Portalegre.
No âmbito deste projeto está também prevista a criação de um percurso com sinalética desde a fronteira de Galegos até Castelo de Vide.
Em declarações à Rádio Portalegre, o vice-presidente da Câmara de Marvão, Luís Costa, assinalou que o património judaico é um produto turístico em grande crescimento na região e com um grande potencial de atração de turistas, sobretudo, oriundos de Israel, dos Estados Unidos e de muitos outros países.
Desde há mais de uma década que se tem intensificado a promoção do turismo judaico, em Portugal, tendo sido criada, em 2011, a rede das judiarias – que começa no cemitério judaico de Faro e termina no museu-sinagoga de Castelo de Vide, passando por Lamego, Guarda, Fornos de Algodres e Elvas.