O Movimento Cívico por Elvas (MCPE) acusou o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) de ter “prejudicado e esquecido propositadamente” o Hospital de Santa Luzia, em Elvas, na atribuição de verbas, tendo-lhe sido retiradas valências e camas ao longo dos últimos anos”.
O comunicado do MCPE, publicado, quinta feira, vem na sequência da entrevista concedida à Rádio Portalegre pelo presidente do Conselho de Administração da ULSNA, onde Joaquim Araújo anunciou a criação de um Parque da Saúde, em Portalegre, com um investimento global de 40 milhões de euros.
Na entrevista, o administrador destacou ainda as obras, em infraestruturas e equipamentos de saúde no distrito de Portalegre, que se encontram em curso, na ordem dos 30 milhões de euros, dos quais, 7 milhões de euros destinam-se à nova Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Portalegre.
No comunicado enviado à Rádio Portalegre, o MCPE refere que “este anúncio reforça as preocupações sobre as ameaças, que se colocam ao já comprometido desempenho dos profissionais e valências da saúde do Hospital de Santa Luzia”.
O movimento independente, que venceu as últimas eleições autárquicas em Elvas, elegendo Rondão Almeida como presidente daquele município alentejano, considera que “o principal problema do Hospital de Santa Luzia é o fato de fazer parte da ULSNA e depender de um Conselho de Administração, sediado em Portalegre, que nunca subscreveu uma estratégia de desenvolvimento conjunto nas duas unidades hospitalares do distrito”.
Avisando que “os elvenses não estão disponíveis a assistir impávidos e serenos a este esvaziamento de valências, competências e à degradação continua das infraestruturas de saúde do concelho”, o MCPE alerta que tudo farão para inverter esta situação, nem que para tal tenham que alterar as escolhas de Portalegre para o Hospital Central de Évora.
