A operação de realojamento da população da aldeia do Pisão, no concelho do Crato, que vai ficar submersa com a construção da barragem do Pisão, encheu, sábado, o salão da Junta de Freguesia da localidade.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, defendeu que o processo de realojamento deve ser “exemplar”, considerando importante que os anseios da população sejam ouvidos.
O autarca revelou ter sido distribuído um novo inquérito para que os residentes na localidade Pisão possam ser uma parte ativa na transição para a nova aldeia, que será construída junto à localidade de Monte da Velha.
O Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, vai ser executado pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA).
O presidente da CIMAA, Hugo Hilário, garantiu que o projeto está num “ponto de não retorno”, defendendo que toda a informação sobre os avanços do mesmo devem ser dados à população com toda a transparência.
Hugo Hilário revelou ainda que a empreitada de construção da barragem do Pisão deverá ser lançada “até ao início do verão” deste ano.
Na aldeia do Pisão, onde muitos cresceram com a promessa da barragem, o empreendimento é bem vindo, a par da nostalgia de abandonar uma casa que sempre fez parte das suas vidas.
A operação de realojamento da população da aldeia do Pisão, com pouco mais de 80 moradores, envolve um total de 120 casas, oitenta das quais de primeira habitação.