
O prazo de conclusão da obra de requalificação da Escola Básica Cristóvão Falcão, em Portalegre, já apresenta uma derrapagem de um ano, e agora o empreiteiro veio pedir, não só uma nova prorrogação do prazo, bem como o “reequilíbrio financeiro” da empreitada.
O oficio apresentado pela empresa Dgpw, responsável pela empreitada, esteve, segunda feira, em cima da mesa de trabalhos da reunião da Câmara de Portalegre, mas o executivo decidiu adiar para a próxima reunião uma decisão sobre os pedidos que constam do documento.
As obras de requalificação da Escola Básica Cristóvão Falcão arrancaram em janeiro de 2022 e deveriam estar concluídas em janeiro de 2024, mas os trabalhos estiveram parados durante vários meses devido a um litígio entre as empresas do consórcio, entre as quais a Dgpw, a quem foi adjudicada a empreitada.
Em declarações no decorrer da reunião do executivo municipal, a presidente de Câmara, Fermelinda Carvalho, indicou que os trabalhos foram retomados em dezembro de 2024, mas a empresa tem no local apenas “dois ou três trabalhadores”.
A autarca disse ainda ser entendimento dos serviços da Câmara que a empresa “não tem direito” a reequilíbrio financeiro, reservando também para a próxima reunião do executivo a decisão sobre a concessão de uma prorrogação graciosa do prazo de execução da obra solicitado pela Dgpw, que se compromete a concluir a empreitada até ao final de maio.
As obras de requalificação Escola Básica Cristóvão Falcão tinham um orçamento inicial de mais de 3,3 milhões de euros, mas o custo final da intervenção deverá ser de cerca de cinco milhões de euros, de acordo com os números divulgados recentemente pela presidente da Câmara de Portalegre.
Recorde-se que desde o ano letivo 2021/2022 os cerca de 250 alunos da Escola Cristóvão Falcão estão a ter aulas em contentores colocados no recinto da Escola Secundária Mouzinho da Silveira.