As eleições autárquicas em Portalegre começam a ganhar forma com a confirmação de várias candidaturas, mas o cenário político parece estar, para já, a pender claramente para a recandidatura da atual presidente da câmara, Fermelinda Carvalho.

Eleita pela coligação PSD/CDS-PP, Fermelinda Carvalho parte em vantagem, sustentada por um mandato com projetos estruturantes, visibilidade autárquica e reconhecimento da população. A sua recandidatura já está no terreno e deverá dominar o debate político até ao final do verão.

A oposição procura afirmar-se, embora com menos notoriedade junto do eleitorado. Pelo Chega, o deputado João Aleixo avança com uma candidatura que procura capitalizar o discurso nacionalista e contestatário do partido. No entanto, enfrenta o desafio de se impor numa realidade autárquica onde o trabalho de proximidade prevalece.

No campo socialista, o nome mais forte apontado é o de Francisco Silva, empresário e atual presidente da concelhia do PS. Aguardando confirmação oficial, a sua candidatura pode reunir apoios relevantes, mas enfrenta o peso político da atual presidente.

A coligação local CLIP deverá apostar em renovação com João Nuno Cardoso ou Ricardo Romão, tentando preservar o espaço conquistado anteriormente por Adelaide Teixeira, que não deverá regressar à linha da frente.

Com o tabuleiro montado, tudo indica que esta será uma eleição marcada mais pela tentativa de consolidação de liderança do que por uma verdadeira incerteza quanto aos resultados.