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Portalegre: bombeiros do distrito exigem “preço justo” para garantir transporte de doentes  

O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Portalegre, Marçal Lopes, alertou para a situação financeira difícil das corporações do Alto Alentejo, e apontou como solução o pagamento efetivo dos serviços prestados à população.

Em declarações à Rádio Portalegre o dirigente disse que os bombeiros “não querem subsídios, nem querem sacrificar mais os Municípios”, apenas reivindicam que seja pago o “preço justo” na emergência pré hospitalar e no transporte de doentes não urgentes.

Marçal Lopes, que falava este sábado em Portalegre, à margem do Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, disse ainda que outra das grandes lutas dos bombeiros é a equidade dos salários, frisando que há “discrepâncias enormes” entre os pares, nomeadamente os socorristas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR.

Para o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, é imperativo rever a tabela ressarcimento aos bombeiros, no que diz respeito ao transporte de doentes e aumentar o número de ambulâncias nas corporações.

Segundo António Nunes, em 2023 os bombeiros fizeram 1,2 milhões de transportes de doentes para os serviços de urgência, uma dimensão que não faz jus aos valores pagos, que são “efectivamente inferiores aos gastos”

Para o presidente da Liga dos Bombeiros, este Conselho Nacional deverá servir para reforçar a posição dos bombeiros face às soluções já apresentadas, um dossier que quer ver fechado no próximo dia 27 de março, na reunião com o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) .

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O mesmo responsável, acrescentou que no interior a situação “é grave” e diferente do que se passa nas grandes metrópoles, uma vez que há menor atividade mas as distâncias a percorrer são maiores, por isso as medidas a adotar não podem ser universais, devem ter em conta a realidade de cada território, com o foco no resultado final de garantir que os doentes tenham uma ambulância no espaço máximo de 15 minutos, caso contrário não está a ser prestado um bom serviço à população.

Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, que decorreu este sábado na escola secundária de São Lourenço, em Portalegre, reuniu elementos dos dezoito distritos de Portugal Continental e dos Açores e Madeira.