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Alto Alentejo: mais de 21 mil utentes sem médico de família

O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo, Miguel Lopes, alertou para a evolução “extremamente preocupante” do número de utentes sem médico de família, no distrito de Portalegre, que atinge 19 por cento da população residente o que representa cerca de 21 mil cidadãos.

Miguel Lopes, que falava sexta feira na cerimónia que assinalou os 18 anos da ULS do Alto Alentejo, sublinhou que, se não forem criadas condições de “atratividade, retenção e motivação dos profissionais médicos” a ULS vai ter “sérios problemas” em conseguir assegurar um quadro médico fixo e residente e vai ter que “cada vez mais” recorrer a prestadores de serviços.

Na revisão do percurso e evolução organizacional da ULS, há também aspetos positivos, nomeadamente ao nível de atividade cirúrgica em ambulatório, que atingiu os 76 por cento, no último ano, com mais de 4 mil cirurgias, o que revela “ um dos melhores resultados a nível nacional”.

Sobre a estratégia da ULS do Alto Alentejo para o futuro, Miguel Lopes definiu quatro eixos de intervenção: construir uma comunidade mais saudável, investir nos profissionais, inovar a nível organizacional e tecnológico e apostar na sustentabilidade ambiental.

O evento comemorativo dos 18 anos da ULS decorreu no auditório do Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre e integrou uma homenagem a profissionais e entidades que contribuíram de forma significativa para o sucesso daquela unidade de saúde.

Criada em 28 de fevereiro de 2007, a ULS do Alto Alentejo integra o Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, o Hospital de Santa Luzia, em Elvas, e várias unidades funcionais de cuidados de saúde primários no distrito de Portalegre.