O fim das portagens nas ex-Scut  “não tem um impacto favorável direto” na região, segundo o presidente do Núcleo Empresarial da Região de Portalegre (NERPOR), Jorge Pais, que recordou ainda que o distrito não é “cruzado” por este tipo de vias.

Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente do NERPOR recordou que a região é uma das “mais desfavorecidas” e que poucos vão beneficiar do fim das portagens.

Jorge Pais alertou ainda que, a partir desta altura, a região de Portalegre “vai pagar” para que outras regiões possam “beneficiar” da isenção do pagamento de portagens.

Em relação à manutenção de portagens na A6 e até o aumento do preço, Jorge Pais recordou que esta é a via “mais próxima” que a região possui para chegar a Lisboa e uma das mais utilizadas pelas populações do distrito rumo à capital.

Em resumo, considera que a população de Portalegre volta neste ponto a ser prejudicada

As portagens foram abolidas em vários traçados, entre os quais o da A23.

A proposta que elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança” foi apresentada pelo PS e aprovada com os votos favoráveis dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, a abstenção da IL e os votos contra do PSD e CDS-PP.

A lei foi promulgada pelo Presidente da República em julho de 2024.      

De acordo com o PS, a medida tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros.