2024 pode ser um ano de viragem na prestação de cuidados de saúde no Alto Alentejo, com um investimento, na ordem dos 70 milhões de euros, em novas infraestruturas e equipamentos.
O objetivo final é o de garantir a atratividade das instituições públicas de saúde do distrito de Portalegre, com condições de excelência que contribuam para a fixação de profissionais.
Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Joaquim Araújo, disse que, no próximo ano, espera concretizar a aquisição do antigo colégio diocesano de Santo António e criar o Parque de Saúde do Alto Alentejo.
Segundo o dirigente “o processo já saiu do Ministério da Saúde e está no Ministério das Finanças”, onde aguarda despacho.
Joaquim Araújo explica a necessidade da criação do Parque de Saúde, um investimento global de 40 milhões euros, com o “congestionamento” do perímetro hospitalar que “não se compadece com aquilo que são as responsabilidades e a segurança das instalações”.
O investimento engloba a aquisição do antigo colégio, no montante de 2,5 milhões e a restante verba será alocada a obras de adaptação e transferência dos serviços.
Para além deste investimento, estão em curso obras, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do programa operacional 2030, cifradas em 30 milhões de euros, onde se inclui a nova Unidade de Cuidados Intensivos.
Joaquim Araújo, que falava no âmbito dos 49 anos do hospital distrital de Portalegre, assinalados esta quarta feira, disse ainda que a partir de 1 de janeiro de 2024 a ULSNA vai passar a designar-se Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA).
A cerimónia, que assinalou os 49 anos do hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, não contou, conforme tinha sido anunciado, com a presença do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o que adiou a inauguração dos serviços de Pediatria, Ortopedia e Ressonância Magnética.