
O cabeça de lista do PS por Portalegre às legislativas, Luís Moreira Testa, criticou a candidatura da AD por tentar reivindicar os méritos do projeto da barragem do Pisão, que, segundo ele, pertencem a outros protagonistas.
Num comício realizado na noite de quarta-feira, em Portalegre, ao lado de Pedro Nuno Santos, Luís Testa usou uma analogia para ilustrar a acusação. Comparou a situação a um camião avariado que esteve guardado numa garagem durante anos.
Segundo o socialista, quando finalmente o veículo começou a funcionar, resultado de oito anos de trabalho contínuo de autarcas, deputados e governantes, surgiu “um cuco, uma ave de arribação”, reivindicando para si o mérito pelo arranjo do velho camião.
Diante de uma plateia numerosa, o também presidente da Federação Distrital de Portalegre do PS destacou a marcante diferença entre ele e o candidato da AD. Luís Testa sublinhou que Castro Almeida jamais consideraria o Alto Alentejo como “a nossa casa”, uma observação que ressalta o facto de o candidato social-democrata ter origem em outra região do país.
Pedro Nuno Santos também dirigiu críticas à Aliança Democrática (AD) e a Castro Almeida. O secretário-geral do PS começou por sublinhar que o partido não escolhe “paraquedistas” para representar o Alto Alentejo no Parlamento, reforçando que, tal como nos Açores são os açorianos que mandam, no Alentejo devem ser os alentejanos a mandar.
Além disso, Pedro Nuno Santos censurou a atuação do ministro Castro Almeida durante a crise provocada pelo apagão. Com um toque de ironia, afirmou que a única qualidade do candidato da AD é o facto de ambos serem naturais da mesma terra.