A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, Luísa Moreira, revelou, esta terça feira, que a instituição tem uma divida de cerca de 1,5 milhões de euros e que, todos os dias, está a acumular prejuízo.
Em entrevista à Rádio Portalegre, Luísa Moreira, alertou que a viabilidade da instituição está em causa se o modelo de financiamento do Estado não for alterado.
Para a dirigente as obras de ampliação da Misericórdia de Portalegre, iniciadas em 2018, foram “o descalabro da instituição e são responsáveis pela divida”.
De acordo com a provedora, “as obras foram muito mais onerosas do que o que estava previsto, foram mal feitas, com erros grosseiros, e obrigam a constantes intervenções”.
Depois do despedimento de 24 funcionários, há cerca de um ano, a Misericórdia de Portalegre, conta atualmente com um total de 122 trabalhadores.
Apesar das enormes dificuldades financeiras com que se debate, Luísa Moreira, disse ser impossível reduzir mais o quadro de pessoal, lembrando que a instituição funciona 24 horas/dia, presta apoio a 67 residentes em estrutura residencial para idosos, 39 em lar residencial, 30 utentes de serviço de apoio domiciliário, nove de centro de dia e 196 crianças num centro infantil, servindo diariamente mais de um milhar de refeições.
Apesar das dificuldades financeiras, Luísa Moreira garantiu que quer os ordenados e os subsídios pagos aos funcionários estão em dia.