A possível venda do bairro da Vila Nova, na cidade de Portalegre, levou os moradores a lançarem uma petição pública para salvaguardar os imóveis e garantir que os habitantes, que ali residem há décadas, não são despejados.
Em declarações à Rádio Portalegre, Diogo Aragonês, porta voz dos moradores do bairro da Vila Nova, disse que “ninguém no bairro é proprietário das habituações” e que há mais de uma década os proprietários deixaram de recolher as rendas”.
Segundo Diogo Aragonês, há cerca de dois meses os moradores foram alertados por uma imobiliária, sobre a intenção de venda do bairro, que tem mais de uma centena de herdeiros.
Perante esta “ameaça”, está em processo de constituição uma associação de moradores e ex moradores da Vila Nova e foi já lançada a petição pública “Vila Nova – Um Património de Portalegre”, endereçada à presidente da Câmara e ao presidente da Assembleia Municipal de Portalegre, onde solicitam a intervenção da autarquia propondo a a classificação do bairro como (conjunto de imóveis) Património de Interesse Municipal e a compra da Vila Nova, pela autarquia.
Confrontada com esta situação na reunião de Câmara desta segunda feira, a presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, comprometeu-se a avançar com o processo de classificação do património da Vila Nova, considerando que esta medida garante a proteção dos moradores.
Em declarações à Rádio Portalegre a autarca adiantou que a Câmara não pode comprometer-se com a compra do bairro.
O bairro da Vila Nova, um dos mais antigos de Portalegre, tem cerca de 60 casas, destas apenas duas dezenas são habitadas.
Ao final da tarde desta segunda feira a petição púbica contava com 278 assinaturas.