A dificuldade de conciliar o trabalho e a vida pessoal, é a principal queixa das mulheres do distrito de Portalegre.
Os dados da União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA) mostram que as principais reivindicações das mulheres trabalhadoras dizem respeito à regulação dos horários.
Segundo Helena Neves, coordenadora da USNA, “de todas as mulheres que são afetadas pelos horários desregulados, 90 por cento estão no setor dos serviços”.
Helena Neves, que falava esta sexta feira no fim de uma jornada que assinalou o Dia da Mulher, no distrito de Portalegre, frisou ainda a importância do horário flexível, que muitas vezes é negado às mulheres, “que ainda tem sobre si fortes responsabilidades relativamente à gestão doméstica” e que tem o direito a ter “mais tempo para viver”.
Para Helena Neves há ainda uma longo caminho a percorrer por melhores condições de vida e igualdade entre homens e mulheres, segundo a dirigente, 70 por cento dos novos postos de trabalho criados correspondem a vínculos precários, uma realidade que efeta “de forma particular” as mulheres.
A USNA assinalou o Dia Internacional da Mulher, esta sexta-feira, com jornadas de contacto com as trabalhadoras do distrito de Portalegre.
A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) culminou com uma tertúlia na Praça da República, em Portalegre.