
O colecionador de arte, António Cachola, foi a personalidade escolhida para receber o primeiro título de Doutor Honoris Causa, atribuído por uma instituição de ensino superior Politécnico, uma iniciativa pioneira no país.
Na cerimónia, que decorreu sexta feira no Campus Politécnico, em Portalegre, António Cachola disse estar orgulhoso, com o título que lhe foi conferido, agradeceu ao Politécnico, à sua família, à família Nabeiro, artistas, curadores e mecenas do sistema da arte.
O presidente do Politécnico de Portalegre, Luís Loures, disse tratar-se de um momento de “grande significado” para a história do ensino politécnico em Portugal.
Par o dirigente “é uma honra e uma grande responsabilidade ser pioneiro na atribuição do primeiro Doutoramento Honoris Causa alguma vez outorgado por um Instituto Politécnico”, uma iniciativa que “marca o reconhecimento de um percurso com mais de quarenta anos de crescimento e afirmação das instituições de ensino superior Politécnico”.
A cerimónia foi presidida pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre, que reiterou a importância do ato, considerando tratar-se de “um momento importante no sistema de educação superior”.
António Manuel Raleira Cachola, nasceu em Elvas, em 1954. A nível profissional, em fevereiro de 1981, integrou a empresa Delta Cafés, na qual permaneceu como diretor financeiro até 2020.
A par da sua carreira profissional, António Cachola sempre revelou uma enorme sensibilidade e gosto pela arte moderna e contemporânea iniciando, em 1990, uma intensa atividade cultural enquanto colecionador de arte contemporânea, com a primeira exposição pública da coleção a ter lugar em 1999, no Museu Estremenho e Ibero-Americano de Arte
Contemporânea (MEIAC), em Badajoz, com peças adquiridas a vários artistas portugueses.
No seguimento do impacto público que a exposição teve junto de artistas, colecionadores e amantes de arte, António Cachola valida a ideia que daria mais tarde lugar à criação de um Museu de Arte Contemporânea em Elvas, que viria a abrir portas em 2007.
O Doutoramento Honoris Causa destina-se a homenagear personalidades eminentes, de reconhecido mérito nos domínios do ensino, da ciência, da cultura, da arte e das atividades sociais, que tenham contribuído para o engrandecimento do país.