
O Politécnico de Portalegre é a primeira instituição de ensino superior politécnico a atribuir o título de Doutor Honoris Causa. António Cachola é a personalidade que vai receber a distinção numa cerimónia agendada para esta sexta feira, a partir das 14:30, no Auditório Dr. Francisco Tomatas do Campus Politécnico.
Em declarações à Rádio Portalegre o presidente do Politécnico, Luís Loures, disse que a iniciativa é motivo de orgulho ”pela seleção da pessoa e por esta atividade pioneira dentro do sistema”.
António Manuel Raleira Cachola nasceu em Elvas, em 1954, após terminar a licenciatura em
Economia no ISEG, Universidade Técnica de Lisboa (1979), iniciou uma carreira ligada à gestão, com funções de direção executiva nas áreas administrativa e financeira. Em fevereiro de 1981, integrou a empresa DELTA-Cafés, na qual permaneceu como diretor financeiro até 2020.
A par da sua carreira profissional como gestor financeiro, António Cachola sempre revelou uma enorme sensibilidade e gosto pela arte moderna e contemporânea iniciando, em 1990, uma intensa atividade cultural enquanto colecionador de arte contemporânea, com a primeira exposição pública da coleção a ter lugar em 1999, no MEIAC (Museu Estremenho e Ibero-Americano de Arte
Contemporânea), em Badajoz, com peças adquiridas a vários artistas portugueses. No seguimento do impacto público que a exposição teve junto de artistas, colecionadores e amantes de arte, António Cachola valida a ideia que daria mais tarde lugar à criação de um Museu de Arte Contemporânea em Elvas, que viria a abrir portas em 2007.