O programa Portugal 2020 aprovou na última década 2.374 operações no Alto Alentejo, num investimento superior a 365,5 milhões de euros,
Estes dados foram partilhadas numa conferência da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), na sua sede, em Portalegre, com o objetivo de efetuar um balanço do programa Portugal 2020. seguida de apresentações acerca das oportunidades de financiamento em aberto no âmbito do Alentejo2030.
No decorrer da sessão, subordinada ao tema “10 anos, 10 projetos”, o presidente da CIMAA, Hugo Hilário, defendeu “ser chegada a altura, de uma vez por todas, de acabar com as lamentações pelas assimetrias do território, pela baixa densidade e pela falta de competitividade em comparação com outras zonas do país”.
Para o também presidente da Câmara de Ponte Sor,” estes constrangimentos são uma realidade, mas está nas mãos dos agentes locais fazer mais e melhor”.
O presidente da CCDR do Alentejo, António Ceia da Silva, por seu turno, considerou que “os fundos europeus, através do Alentejo 2020, revelaram-se essenciais para a construção de uma região mais forte, mais inclusiva e mais sustentável”.
Para o dirigente “graças ao Alentejo 2020, o distrito de Portalegre beneficiou de um impulso substancial na sua capacidade de atrair investimento e de oferecer melhores condições de vida e de trabalho”.
Por sua vez, o presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Luís Loures, desafiou os autarcas a repensarem posições em relação ao futuro e agir de forma estratégica e agregada, alertando que “dividir os ovos por muitos cestos, nenhum deles acaba por ter um impacto estruturante no desenvolvimento do território”.
Os dados divulgados indicam ainda que o Alentejo Central viu aprovadas 3.007 operações, num investimento superior a 524.9 milhões de euros, no âmbito do Portugal 2020, seguindo-se a Lezíria do Tejo (2.672 operações – 497,6 milhões), o Baixo Alentejo (2.454 operações – 411,3 milhões) e o Alentejo Litoral (1.215 operações – 277,1 milhões).
De acordo com a mesma tabela foram ainda aprovadas 558 operações em espaço “não territorializado”, num total superior a 285.1 milhões de euros.