O Tribunal de Portalegre condenou sete arguidos a penas de prisão efetiva entre 6 e 12 anos e outros cinco a penas suspensas na sua execução, pelos crimes de extorsão, usura e branqueamento de capitais praticados nos anos de 2019 a 2022, no concelho de Fronteira.
De acordo com uma nota publicada, esta sexta feira, no site oficial da Procuradoria da Comarca de Portalegre, o tribunal deu como provado que “os arguidos atuavam em conjunto, procedendo à concessão de empréstimos em numerário a indivíduos com dificuldades financeiras, com a cobrança de juros elevados, cujo pagamento exigiam, recorrendo à intimidação física e psicológica”.
Além das penas de prisão aplicadas, o tribunal declarou a perda de vantagens obtidas pelos arguidos com a atividade criminosa e condenou-os ao seu pagamento ao Estado no montante global de 882.282 euros.
Foram ainda declarados perdidos a favor do Estado saldos de contas bancárias, prédios e veículos automóveis pertencentes aos arguidos, arrestados no processo, bem como objetos apreendidos aos arguidos nas buscas efetuadas na fase da investigação criminal.
A investigação foi dirigida pelo Ministério Público de Fronteira, que deduziu a acusação pública, sendo que o acórdão ainda não transitou em julgado