
O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), Luís Loures, arrasou, esta segunda feira, o novo modelo de financiamento do ensino superior, considerando “incompreensível e totalmente injusto”, que o mesmo seja baseado apenas no número de estudantes.
Luís Loures, que falava na sessão comemorativa do 43º aniversário do IPP, assinalou que com o novo modelo de financiamento “o aumento de alunos, de um ano para ou outro, numa instituição de ensino superior de Lisboa ou Porto, fará reduzir o orçamento das instituições que não tenham um crescimento equivalente”.
Ainda por cima, acrescentou o dirigente, “utiliza um modelo, segundo o qual, um mesmo estudante de um mesmo curso ou área cientifica, vale mais no sistema universitário do que no politécnico”.
Sobre o Politécnico de Portalegre, Luís Loures revelou que a instituição atingiu em 2023 os 3 mil estudantes, uma meta que estava apenas estabelecida para 2025.
O dirigente destacou ainda o facto de mais de 70 % dos estudantes que entraram este ano letivo no IPP serem de fora do distrito de Portalegre, afirmando que “são dados que permitem enfrentar o futuro com maior confiança e que estão no caminho certo”.
A sessão comemorativa dos 43 anos do IPP contou ainda com intervenções da representante dos estudantes, Bárbara Cotovio; do presidente do Conselho Geral do IPP, Hugo Hilário, e da presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Maria José Fernandes.
A lição de sapiência foi proferida pelo Professor António Sampaio da Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa, candidato independente às eleições presidenciais de 2016 e ex-embaixador de Portugal na UNESCO.