
Após uma década de espera e sucessivos impasses, as obras de reabilitação e ampliação do Tribunal de Portalegre estão finalmente prontas para arrancar.
A presidente da Câmara Municipal, Fermelinda Carvalho, não poupou críticas aos sucessivos governos do PS, acusando-os de “desleixo” na gestão do projeto.
Em declarações à Rádio Portalegre, a autarca do PSD manifestou perplexidade pelo facto de, durante oito anos de governação socialista, não se ter conseguido concretizar a obra.
No entanto, o processo parece finalmente desbloqueado: o auto de consignação da empreitada será assinado na próxima segunda-feira, garantindo o início imediato dos trabalhos.
O projeto, lançado em maio de 2024 com um orçamento de 1,85 milhões de euros, prevê significativas melhorias no Palácio da Justiça de Portalegre, incluindo a criação de mais salas de audiências, um elevador para acessibilidade, e melhorias na climatização do edifício.
A intervenção resulta da necessidade de adaptação do plano inicial, elaborado em 2013, após a descoberta de uma cisterna de interesse arqueológico no local da ampliação.
O Tribunal de Portalegre encerrou em 2014 e, desde então, os sucessivos atrasos têm sido alvo de críticas e frustrações por parte da comunidade local.
Com a assinatura do auto de consignação, a autarquia garante que as condições estão finalmente reunidas para a sua execução.