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O vírus da língua azul matou mais de 37 mil ovinos e afetou cerca de 2 mil explorações, segundo dados da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) registaram-se um total de 118.607 animais infetados.
Para responder ao surto, o Governo financiou 385.050 doses de vacina contra o serotipo três do vírus da língua azul, num montante que ultrapassa os 982.318 euros, sobretudo para os distritos de Portalegre, Évora, Beja e Castelo Branco.
No total, os custos da aquisição da vacina contra o serotipo três da língua azul foram pagos a 34 organizações.
Em dezembro de 2024, o parlamento aprovou um projeto de resolução do PS para uma campanha de vacinação contra a doença da língua azul.
A iniciativa, aprovada com os votos a favor do PS, BE, PCP, Livre e PAN, a abstenção do Chega e o voto contra do PSD, IL e CDS-PP, recomenda ainda ao Governo que avance com medidas de apoio financeiro aos agricultores para fazer face aos prejuízos causados pela doença.
No mesmo mês, foi detetado o serotipo oito do vírus da língua azul em bovinos no distrito de Portalegre.
Portugal continental foi afetado pelos serotipos três e quatro do vírus da língua azul desde outubro.
A vacinação dos ovinos reprodutores adultos e dos jovens destinados à reprodução, bem como dos bovinos, é obrigatória contra os serotipos um e quatro do vírus da língua azul.
A vacinação obrigatória é fornecida pela DGAV às Organizações de Produtores Pecuários para a Sanidade Animal (OPSA).
O Governo vai ainda lançar um plano de desinsetização a partir de março, com uma duração de oito meses, para combater a doença, transmitida por mosquitos.
A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença viral, de notificação obrigatória, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos.