
A tomada de posse da nova Junta de Freguesia de Santa Eulália, no concelho de Elvas, ficou marcada por um impasse político. José Paulo Picado, presidente eleito pelo partido Chega, viu ser rejeitada a sua proposta para a constituição do executivo da junta, durante a primeira reunião da assembleia realizada esta segunda-feira.
O presidente apresentou dois nomes do Chega para integrar o executivo, submetendo-os a votação secreta. O resultado ditou quatro votos contra e três a favor, impedindo a aprovação da proposta. Numa segunda tentativa, desta vez com votação nominal, os mesmos nomes foram novamente chumbados com idêntico resultado: quatro votos contra e três a favor.
A composição da assembleia de freguesia é plural: três membros eleitos pelo Chega, dois pelo Movimento Cívico por Elvas e dois pelo Partido Socialista. Esta distribuição torna necessário o apoio de pelo menos um membro da oposição para viabilizar qualquer proposta do Chega, o que não se verificou.
Sem consenso para formar o executivo, foi agendada uma nova reunião da assembleia para o final da tarde desta terça-feira, com o objetivo de desbloquear a situação.
Em declarações à Rádio Portalegre, José Paulo Picado lamentou o que considera ser uma influência da coligação entre o Movimento Cívico por Elvas e o PS na Câmara Municipal de Elvas, acusando os partidos da oposição de dificultarem o funcionamento da junta.
O presidente eleito alertou ainda que “os interesses pessoais não se podem sobrepor aos interesses da freguesia”.
A Rádio Portalegre tentou obter declarações dos representantes da oposição. José Chicharo, do Movimento Cívico por Elvas, preferiu aguardar pela reunião desta tarde para se pronunciar. Já Cecília Fortalezas, que liderou a lista do PS, não foi possível contactar.
