
O presidente da Câmara Municipal do Crato, Joaquim Diogo, admitiu que “tudo indica que as obras de construção da barragem do Pisão terão de ser suspensas”, na sequência de uma providência cautelar interposta por associações ambientalistas.
A declaração foi feita na reunião de câmara realizada esta quinta-feira, onde o autarca reconheceu que o processo judicial poderá obrigar à interrupção dos trabalhos no concelho do Crato.
Segundo Hélder Careto, secretário executivo do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a providência cautelar foi apresentada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco (TAFCB) pelas associações GEOTA, QUERCUS, LPN e ZERO. O objetivo é travar a construção da barragem, cuja execução está a cargo da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA).
Hélder Careto denunciou ainda que, apesar da entrada do processo e da notificação das partes envolvidas, “as obras não pararam, continuaram”, o que levou os ambientalistas a avançarem com novos procedimentos judiciais para denunciar a alegada violação das ordens do tribunal.
Além da CIMAA, também a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e outras entidades foram notificadas no âmbito da providência cautelar. A Rádio Portalegre contactou a CIMAA para obter uma reação, mas a entidade remeteu para breve uma resposta oficial através de comunicado.