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Mao enchendo um copo de vidro com agua da torneira.

PCP acusa Águas do Alto Alentejo de ser “sorvedor” de recursos das autarquias

A Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP considerou a empresa Águas do Alto Alentejo (AAA) um “sorvedor” de recursos financeiros das autarquias associadas, defendendo que a gestão da água e resíduos em baixa deveria permanecer na esfera autárquica.

Em comunicado, divulgado esta terça feira, os comunistas lembram que a criação da empresa intermunicipal Águas do Alto Alentejo, constituída por dez municípios do distrito de Portalegre — cinco liderados pelo PS (Crato, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel) e cinco pelo PSD (Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Fronteira e Marvão) — foi apresentada como solução capaz de garantir melhorias no abastecimento público.

Contudo, passados quase três anos de atividade, o PCP afirma que os resultados são “bastante preocupantes”. Para evitar a extinção da estrutura, os municípios associados terão de aprovar em dezembro um contrato-programa que prevê a injeção de 1,779 milhões de euros.

Segundo a DORPOR, esta realidade confirma que a empresa intermunicipal não trouxe os benefícios prometidos, mas sim encargos adicionais para as autarquias.

O partido insiste que a gestão da água deve regressar às câmaras municipais, considerando que este bem público “jamais deverá sair da esfera pública” e alertando para o risco de privatização futura.

O PCP exige ainda que os municípios e a própria empresa prestem contas sobre a utilização dos dinheiros públicos e os valores despendidos por cada autarquia ao longo da atividade da AAA.

Na mesma nota, os comunistas garantem que continuarão a luta “junto das populações, em defesa da água pública”.